Se você sabe o nome dessas 12 coisas, você está velho

Nas últimas décadas, a evolução dos eletrônicos foi impressionante. O que era considerado inovador nos anos 90, como os computadores de torre com monitores CRT, se tornou obsoleto rapidamente. A cada ano, novas tecnologias, padrões e periféricos surgem, transformando a maneira como interagimos com nossos dispositivos.

As décadas de 1990 e 2000 foram cruciais para a popularização dos equipamentos de informática. Naquela época, os PCs eram simples e possuíam limitações de processamento. A internet era um recurso raro, e os disquetes ainda dominavam o armazenamento. Para muitos, os computadores eram apenas ferramentas de trabalho ou entretenimento básico, longe da versatilidade atual.

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Harware via Shutterstock

Aqueles que cresceram após os anos 2000 já tiveram acesso a dispositivos modernos e leves, com telas planas e conectividade constante. No entanto, aqueles que viveram os anos 90 e o começo dos anos 2000 provavelmente se lembram de alguns acessórios curiosos, que eram parte essencial da rotina. Os itens de informática listados abaixo mostram como os hábitos tecnológicos mudaram drasticamente ao longo do tempo.

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Cabos PS/2

Cabo PS/2 via Daniel Beardsmore/Wikimedia Commons

O mouse de bolinha foi um acessório essencial para os computadores dos anos 90. Ao invés dos modernos sensores a laser ou ópticos, o movimento era controlado fisicamente pela rotação da bolinha, algo que pode parecer arcaico hoje em dia.

Junto com esse dispositivo, surgiram também as portas PS/2, introduzidas pela IBM em 1987. Esses conectores de 6 pinos, disponíveis nas cores roxa e verde para teclado e mouse, respectivamente, logo se tornaram o padrão para a conexão de dispositivos de entrada em computadores pessoais. 

FireWire

Cabo FireWire 400 em destaque via Hansh/Wikimedia Commons

O FireWire, também conhecido como IEEE 1394, foi uma tecnologia desenvolvida pela Apple nos anos 80 para transferências rápidas de dados entre dispositivos. Sua principal vantagem era a alta taxa de transferência, sendo amplamente utilizado em câmeras, discos rígidos externos e equipamentos de áudio. Apesar de seu sucesso inicial, o FireWire foi superado por outros padrões, como o USB, mas ainda permanece como uma referência importante no desenvolvimento das interfaces de conexão de alta velocidade.

HDD

HDD via Evan-Amos/Wikimedia Commons

O HDD (“Hard Disk Drive” ou disco rígido) é uma tecnologia de armazenamento que utiliza pratos magnéticos giratórios para gravar e ler dados. Embora tenha sido amplamente usado por anos devido ao seu custo acessível, especialmente para grandes volumes de informações, os HDDs são mais lentos e suscetíveis a danos por impacto, em comparação aos SSDs.

Com avanços na tecnologia, oferecendo maior velocidade e resistência, os HDDs estão se tornando cada vez mais obsoletos, mas ainda são populares para backups e armazenamento de arquivos pesados.

Cabo de 30 pinos

Cabo de 30 pinos via brett jordan/Wikimedia Commons

Os primeiros modelos do iPod eram fornecidos com portas FireWire para facilitar a transferência de dados com o Mac. No entanto, a partir da terceira geração do aparelho, lançada em 2003, a empresa introduziu o cabo de 30 pinos. A Apple continuou a adotar o padrão até 2011, quando lançou o iPhone 4s, último a apresentar o conector.

Disquete

Disquete via Fredy Jacob/Unsplash

Os disquetes foram uma das principais formas de armazenamento externo nas décadas de 90 e 2000, especialmente os modelos de 3,5 polegadas, que ofereciam 1,44 MB de capacidade. Apesar de sua popularidade, era comum precisar de vários disquetes para armazenar dados maiores. Além disso, ainda que o material externo dos disquetes fosse em plástico rígido, eles eram extremamente frágeis por dentro, onde apresentavam uma fita maleável em forma de disco magnético.

Assim, com o avanço da tecnologia, os disquetes logo foram superados por mídias com maior capacidade e mais duráveis, como os CDs, DVDs e, mais tarde, os pen drives. Sua baixa capacidade de armazenamento e vulnerabilidade física fizeram com que se tornassem obsoletos rapidamente, apesar da sua popularidade no passado.

Cabo VGA

Cabo VGA via Evan-Amos/Wikimedia Commons

O padrão VGA (Video Graphics Array) surgiu no fim dos anos 1980 e rapidamente se popularizou como principal forma de conexão de vídeo em computadores nas décadas seguintes. Esse conector analógico de 15 pinos tornou-se comum em monitores e projetores por muitos anos. A porta de entrada e saída do cabo é volumosa, com pinos delicados e um mecanismo de travamento — com pequenos parafusos — um tanto frustrante.

Com o avanço das interfaces digitais, o VGA perdeu espaço para tecnologias mais modernas. Ainda assim, ele segue presente em ambientes que utilizam equipamentos antigos, graças à sua ampla compatibilidade e simplicidade.

Cabo DVI

Cabo DVI via Dmitry Makeev/Wikimedia Commons

Lançado em 1999, o DVI (Digital Visual Interface, ou Interface Digital Virtual) foi uma evolução do VGA, combinando sinais analógicos e digitais em um único conector. Ele foi criado para ser uma ponte entre os padrões antigos e os mais modernos, como o HDMI, e ainda é encontrado em alguns monitores mais antigos.

Assim como seu sucessor, o mecanismo de travamento do DVI também possui parafusos nas laterais. Apesar de ter sido um avanço importante na época, o DVI perdeu popularidade com o crescimento do HDMI, que oferecem melhor qualidade de imagem e áudio simultâneo, tornando o DVI obsoleto para a maioria das aplicações.

Disco óptico

CD via Arturo Aez/Unsplash

Os discos ópticos, como CDs, DVDs e Blu-rays, dominaram o armazenamento digital por anos, oferecendo grandes capacidades em discos compactos. Lançados entre 1982 e 2006, esses discos permitiram o armazenamento crescente de dados, com os Blu-rays alcançando até 128 GB. Inicialmente, usados para distribuição de música e filmes, logo foram incorporados aos computadores para armazenamento de dados.

Com a evolução da tecnologia e o aumento da portabilidade de dispositivos, as unidades ópticas começaram a ser substituídas por alternativas mais compactas, como pen drives e serviços de armazenamento na nuvem, encerrando a era dos discos físicos.

Blaster de infravermelho

Controle remoto via Przemyslaw Marczynski/Unsplash

Na década de 2000, em algumas casas, os PCs começaram a ganhar destaque como opções de home theater, oferecendo uma experiência multimídia flexível. Equipados com módulos de blaster infravermelho e controles remotos, os PCs competiam diretamente com TVs e consoles de videogame, proporcionando entretenimento para a família toda na sala de estar.

Com o tempo, a Microsoft introduziu o Windows Media Center, mas a evolução dos dispositivos de streaming e consoles especializados fez com que a tecnologia se tornassem obsoletos, sendo substituídos por tecnologias mais práticas e integradas.

Conector Centronics

Cabo Centronics via Raimond Spekking/Wikimedia Commons

Antes do USB, o conector Centronics era amplamente utilizado para conectar impressoras a computadores, sendo popularizado pela Centronics Data Computer Corporation. Com 36 pinos dispostos em duas fileiras, esse conector robusto e volumoso dominou a indústria de impressoras por muitos anos. Outros conectores semelhantes, com 14, 24, ou 50 pinos eram usados em outras conexões de periféricos de computador. Com o advento do USB e das impressoras sem fio, o conector Centronics caiu em desuso, sendo substituído por opções mais práticas e compactas.

Joystick

Joystick via Pivase/Wikimedia Commons

Nos anos 1990, os joysticks eram populares não apenas nos consoles, como o Atari 2600, mas também nos PCs, com diversos sistemas oferecendo portas dedicadas para joysticks. O conector de 9 pinos da Atari foi amplamente utilizado por marcas como Commodore e MSX. Hoje, os joysticks deram lugar a teclados e mouses especializados para jogos, além dos controles com Bluetooth sendo comuns. No entanto, joysticks continuam populares em jogos de simulação, mantendo viva a tradição do controle analógico.

Placa de som

Placa de som via Mister rf/Wikimedia Commons

Nos primeiros PCs domésticos, a qualidade do áudio integrado era pobre, com muitos sistemas sofrendo com ruídos e interferências. A falta de conectores adequados para periféricos também limitava a experiência sonora, levando muitos usuários a instalar placas de som dedicadas para melhorar o desempenho. Com o tempo, as placas de som internas se tornaram obsoletas, já que os computadores modernos oferecem áudio integrado de alta qualidade.

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