Quando as temperaturas sobem, a preocupação com o bem-estar dos nossos companheiros de quatro patas aumenta, mas a forma como tentamos ajudá-los nem sempre é a mais eficaz.
O segredo científico do resfriamento por condução
A termorregulação dos animais funciona de maneira distinta da nossa, e entender o conceito de condução é o primeiro passo para um alívio imediato. A American Veterinary Medical Association (AVMA) reforça que superfícies frias e o contato direto com pontos estratégicos de troca de calor são fundamentais para prevenir a exaustão térmica e garantir que o pet mantenha sua temperatura interna estável.
Foco nas extremidades
Molhar as almofadinhas das patas (coxins) permite uma troca térmica rápida, já que é um dos poucos lugares onde os pets transpiram.
Resfriamento abdominal
A barriga possui menos pelos e vasos sanguíneos mais superficiais, funcionando como um verdadeiro radiador natural para o animal.
Repouso em local ventilado
Após umedecer essas áreas, coloque o pet em frente a um ventilador ou sobre um piso frio para acelerar a dissipação do calor.
Por que molhar apenas as patas e a barriga é mais eficiente
Muitos tutores acreditam que um banho gelado completo é a solução, mas isso pode causar um choque térmico ou criar uma barreira de umidade no pelo que retém o calor em vez de liberá-lo. Ao focar apenas nas patas e na região abdominal, você utiliza a fisiologia do animal a seu favor, resfriando o sangue que circula nessas áreas e que logo será distribuído por todo o corpo, baixando a temperatura interna de forma gradual e segura.
Molhar apenas as patas e a barriga do pet ajuda a reduzir o calor de forma mais rápida e segura nos dias quentes – (Imagem gerada por
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Diferenças entre o banho comum e o resfriamento localizado
Para visualizar melhor as vantagens desta técnica veterinária, compare os métodos tradicionais com a estratégia de resfriamento por condução focada em pontos-chave.
🌿🐾 Métodos de Resfriamento para Pets no Calor
Método Efeito Térmico Nível de Estresse Recomendação Banho Completo Superficial e temporário Alto (para muitos pets) Higiene ocasional Molhar Patas/Barriga Sistêmico e eficiente Baixo Dias de calor intenso Toalha Gelada no Dorso Pode isolar o calor Médio Evitar em pelos longos
💡 Dica: Prefira métodos suaves e progressivos para refrescar o pet — o ideal é evitar choques térmicos e respeitar o conforto do animal.
Como identificar o momento certo de agir
Ficar atento ao comportamento do seu pet é essencial para evitar quadros graves de hipertermia. Sinais como salivação excessiva, respiração muito ofegante com a língua muito para fora e gengivas avermelhadas indicam que o animal já passou do limite de conforto térmico. Nesses casos, a aplicação imediata de água em temperatura ambiente — nunca gelada demais — nas patas e barriga pode ser a diferença entre um susto e uma emergência veterinária séria.
Leia mais:
Cães e gatos: 5 sites para você encontrar animais para adoção
Você pode ter um pet exótico? Veja 8 animais liberados no Brasil
Pets reduzem solidão e promovem a saúde, aponta estudo
O post O truque dos veterinários para resfriar pets com o máximo de conforto apareceu primeiro em Olhar Digital.






