Durante um evento promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 9, Dilma Rousseff voltou a defender que os países do Brics reduzam a dependência do dólar.
À frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a petista apoiou o uso crescente de moedas locais nas operações financeiras do bloco. Segundo Dilma, essa mudança ajudaria a cortar custos com juros e proteger os países contra oscilações do câmbio internacional.
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“Financiamentos em moedas locais ajudam a mitigar riscos cambiais e flutuações que você não controla”, disse a ex-presidente da República.
De acordo com a líder do banco, um quarto da carteira do NDB já utiliza moedas nacionais nas transações. A meta, segundo ela, é ampliar esse volume gradualmente. Para Dilma, o modelo atual, centrado no dólar, prejudica países em desenvolvimento ao tornar o crédito mais caro e instável.
Ela também destacou que 40% dos investimentos do banco já estão comprometidos com projetos voltados exclusivamente à área ambiental. O foco, argumenta, está em energia limpa e no combate às mudanças climáticas.
Dilma quer transformar banco dos Brics em alternativa ao modelo ocidental
A fala da petista se insere em um esforço mais amplo do bloco dos Brics para reformular a lógica do comércio internacional.
Comandando o banco criado pelo grupo, Dilma tenta posicionar a instituição como alternativa aos modelos tradicionais de financiamento liderados pelo Ocidente.
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No discurso, ela sugeriu que adotar moedas locais não é apenas uma escolha econômica, mas também uma forma de fortalecer a autonomia dos países do chamado Sul Global.
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