Aos 55 anos, Jo Frost, que ficou conhecida nos anos 2000 como a especialista em comportamento infantil Supernanny, compartilhou no último sábado (12/7) em seu Instagram que possui um tipo de doença grave que já a deixou à beira da morte várias vezes. O nome da doença de Frost se chama anafilaxia: uma reação alérgica grave e inesperada que tem início rápido e pode ser fatal.
“Já sobrevivi a mais choques anafiláticos do que estou preparada para contar em detalhes agora”, afirma.
O diagnóstico da anafilaxia é essencialmente clínico, evidenciando o envolvimento de vários sistemas, como o cardiovascular, cutâneo, respiratório e gastrointestinal. O reconhecimento e o tratamento são essenciais para evitar que a doença atinja o estado mais grave.
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Basicamente, a anafilaxia é a resposta do organismo a alguns tipos de alimentos como nozes, crustáceos e centeio. Mudanças climáticas severas, pólen, pelos de animais e produtos com cheiro muito forte como o etanol, por exemplo, também podem provocar o choque anafilático em pessoas com o diagnóstico da doença.
Como identificar os sintomas de anafilaxia?
Dificuldade para respirar ou chiado no peito: a reação anafilática pode desencadear inchaço nas vias aéreas, causando falta de ar, aperto no peito e respiração ruidosa (parecida com asma).
Inchaço repentino no rosto, lábios, língua ou garganta: esse sintoma é típico e perigoso, pois pode obstruir a passagem de ar e comprometer a respiração.
Manchas vermelhas e coceira intensa na pele (urticária): a pele pode apresentar placas elevadas, quentes e avermelhadas que surgem rapidamente após o contato com o alérgeno.
Queda abrupta da pressão arterial (tontura ou desmaio): a pessoa pode sentir fraqueza, confusão ou perder a consciência, especialmente quando a circulação está comprometida.
Náusea, vômito, diarreia ou dor abdominal: sintomas gastrointestinais também podem estar presentes, principalmente quando a reação é desencadeada por alimentos ou medicamentos.
Jo Frost explica no vídeo que é uma das milhões de pessoas que vivem com hipervigilância sobre os alimentos que consome. Ela se sente forçada a ter total responsabilidade sobre o que compra, perguntando várias vezes sobre a composição, para ter certeza do que vai comer.
“Peço que melhorem o treinamento de seus funcionários e que as empresas alimentícias, em geral, se empenhem mais na criação de produtos que todos possam desfrutar sem medo de adoecer ou morrer”, conclui.
A babá conta ainda que precisa andar o tempo todo com uma EpiPen — uma injeção pré-carregada cheia de adrenalina que pode retardar ou interromper uma reação alérgica.
A reação anafilática é sempre uma condição de absoluta emergência, e o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) deve ser acionado imediatamente. A equipe presta os cuidados iniciais e garante as medidas de suporte necessárias até a remoção do paciente para a unidade de urgência e emergência.
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