O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento menor do PIB do Brasil em 2025, de 2,3%, em comparação ao avanço de 3,4% em 2024. Segundo avaliação do órgão, a desaceleração resulta de condições monetárias e financeiras mais restritivas, redução dos estímulos fiscais do governo e aumento da incerteza política global.
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O relatório do FMI, divulgado nesta quinta-feira, 17, depois da missão anual ao país, aponta que o ritmo de crescimento deve se manter em torno de 2,5% nos próximos anos. Essa previsão considera a normalização da política monetária e o impacto de reformas aprovadas recentemente, como o novo Imposto de Valor Agregado e o Plano de Transformação Ecológica.
O mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o Brasil reforça um ponto essencial para o futuro do nosso sistema financeiro: a autonomia do Banco Central do Brasil (BCB) ainda é incompleta.
Segundo o documento, embora a autonomia operacional e a… pic.twitter.com/darcgiB0i1
— ANBCB – Associação Nacional dos Auditores do BCB (@anbcb) July 17, 2025
No entanto, o Fundo alerta para riscos que podem prejudicar o desempenho econômico brasileiro. Entre os fatores de preocupação estão a possibilidade de desaceleração em economias relevantes devido a tensões comerciais internacionais.
Internamente, o FMI sinaliza o risco dos efeitos maiores do que o esperado do aperto da política monetária e a “possibilidade de um esforço fiscal menor do que o previsto”.
FMI estima inflação na meta apenas para 2027
Quanto à inflação, o Fundo estima que o IPCA atingirá 5,2% em 2025, com redução gradual até alcançar a meta de 3% apenas no final de 2027. Os diretores elogiaram o trabalho do Banco Central no controle dos preços e classificaram como adequada a retomada do ciclo de alta da Selic.
“Os diretores também observaram que a contínua credibilidade dos quadros de política fiscal e monetária será importante para ancorar as expectativas de inflação”, o que pode favorecer a queda dos juros e criar espaço para investimentos prioritários. Mudanças recentes na arrecadação, como a revisão de gastos tributários considerados ineficientes, foram reconhecidas como positivas para esse processo.
O relatório defende avanços na reforma do Imposto de Renda para aumentar a progressividade e fortalecer a arrecadação doméstica. “Um quadro fiscal aprimorado com um forte âncora de médio prazo reforçaria a credibilidade e a sustentabilidade”, diz o documento do FMI.
Quanto ao setor financeiro, o Fundo ressaltou que o sistema brasileiro permanece resiliente, com bancos líquidos e adequadamente capitalizados. Os diretores recomendaram atenção aos riscos de crédito ao consumidor, especialmente diante do novo programa de empréstimo consignado, e sugeriram ampliar a autonomia financeira e administrativa do Banco Central para fomentar avanços tecnológicos.
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