Estrutura 13 vezes maior que a Terra se forma no Sol

Uma enorme pluma solar, apelidada de “A Besta”, foi capturada por astrônomos no último sábado (12). A estrutura, que se estendeu por mais de 165 mil km (equivalente a 13 vezes o diâmetro da Terra), exibiu bolhas de plasma e “chuva coronal” em movimento rápido.

Essas proeminências solares são estruturas de plasma mantidas por campos magnéticos. Embora possam liberar ejeções de massa coronal (CMEs), “A Besta” não emitiu tempestades solares perigosas. Nos dias seguintes, outras duas proeminências maiores surgiram, mas também sem risco para a Terra, como essa que formou um cânion no Sol.

“A Besta” apareceu sobre a borda nordeste do Sol no sábado (12 de julho). Ela se alastrou por mais de três horas antes de finalmente desaparecer. (Crédito da imagem: Michael Jäger )

O registro foi feito por asotógrafos como Michael Jäger (Áustria), Simon Metcalfe (Inglaterra) e Daid Wilson (Escócia). Em entrevista ao Spaceweather.com, Wilson descreveu o fenômeno como “uma fera de quatro patas rastejando”.

O evento marca a aproximação do “máximo solar“, fase de maior atividade em seu ciclo de 11 anos, quando erupções e proeminências tornam-se mais frequentes.

The Solar Beast – 3 hours observation of a giant prominence on the northeast limb of the Sun (1500X speed) taken by David Wilson on July 12, 2025 pic.twitter.com/zeiUvmjtRt

— Black Hole (@konstructivizm) July 15, 2025

O que é uma pluma solar?

De acordo com a NASA, uma pluma solar (também conhecida como filamento) é uma formação grande e brilhante que se estende para fora da superfície do Sol. Essas proeminências são ancoradas à superfície do Sol na fotosfera e se estendem para fora na atmosfera externa quente do Sol, chamada de corona.

O material em looping vermelho brilhante é o plasma, um gás quente composto de hidrogênio e hélio eletricamente carregados. O plasma da proeminência flui ao longo de uma estrutura emaranhada e retorcida de campos magnéticos gerados pelo dínamo interno do Sol.

Uma proeminência em erupção ocorre quando tal estrutura se torna instável e explode para fora, liberando o plasma.

Entender a dinâmica do Sol ajuda a humanidade a se preparar para os ventos solares e seus efeitos. (Imagem: NASA Goddard Space Flight Center)

Cânion de plasma no Sol

No último dia 15, um filamento colossal irrompeu no Sol, alterando sua superfície e abrindo um “cânion de fogo” com aproximadamente 400 mil quilômetros de comprimento.

Cânion de fogo (Imagem: Divulgação)

Segundo o Spaceweather.com, o fenômeno foi registrado pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da NASA. O equipamento capturou imagens do enorme cânion, cujas paredes atingem cerca de 20 mil quilômetros de altura.

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Terra poderia ser destruída por tempestade solar?

Apesar de ter provocado uma EMC, o evento não foi direcionado para a Terra. Portanto, a tempestade solar também não gerou auroras no planeta.

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