Aneel encarece conta de luz em agosto

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou, nesta sexta-feira (25), que vai aumentar as contas de energia elétrica em agosto com o acionamento da bandeira tarifária nível 2, o maior patamar (entenda mais abaixo).

Dessa forma, os consumidores terão custo extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Agência afirma que precisou adotar a bandeira 2 por conta das poucas chuvas no Brasil inteiro, reduzindo assim a geração de energia pelas usinas hidrelétricas (Imagem: tifonimages/IStock)

Por que a Aneel aumentou as contas de luz?

Em junho e julho, a bandeira utilizada foi a do patamar 1;

A agência afirma que precisou adotar a bandeira 2 por conta das poucas chuvas no Brasil inteiro, reduzindo assim a geração de energia pelas usinas hidrelétricas;

“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, explicou;

“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, prosseguiu.

O que são as bandeiras tarifárias?

A bandeira tarifária é um sistema criado pela Aneel em 2015 que sinaliza os custos reais da geração de energia elétrica no Brasil.

Ela funciona como um semáforo de cores (verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2), que informa ao consumidor sobre as condições de geração de energia no país.

Quando a geração de energia fica mais cara, um valor extra é automaticamente aplicado nas contas de luz. O sistema de cores da Aneel funciona da seguinte forma:

Bandeira verde: indica condições favoráveis de geração de energia, sem custo extra na conta;

Bandeira amarela: sinaliza condições menos favoráveis de geração, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos;

Bandeira vermelha patamar 1: reflete condições desfavoráveis, com custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos;

Bandeira vermelha patamar 2: indica condições muito desfavoráveis, sendo o patamar mais caro, com adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Ao indicar as condições de geração, o sistema busca incentivar o consumo consciente e a economia de energia elétrica por parte dos usuários. (Imagem: Evgeniya Sheydt/Shutterstock)

O objetivo principal do sistema de bandeiras tarifárias é sinalizar ao consumidor os custos reais da geração de energia no país.

Ao indicar as condições de geração (se chove pouco e a energia está mais cara, por exemplo), o sistema busca incentivar o consumo consciente e a economia de energia elétrica por parte dos usuários.

Dessa forma, os custos adicionais são aplicados automaticamente nas contas quando a geração fica mais cara, refletindo a realidade do momento.

A bandeira tarifária permanecia verde desde dezembro de 2024, devido às condições favoráveis de geração de energia no Brasil.

A mudança para os patamares amarelo e vermelho ocorreu a partir de maio de 2025, impulsionada pela redução das chuvas e pela transição do período chuvoso para o período seco.

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As usinas hidrelétricas dependem do volume de água nos reservatórios para gerar energia. Quando há poucas chuvas, o nível desses reservatórios diminui, reduzindo a capacidade de geração das hidrelétricas.

Nesses casos, para garantir o suprimento de energia para o Brasil, a Aneel precisa acionar as usinas termelétricas. Estas usinas utilizam combustíveis, como gás natural, carvão ou óleo, tornando a geração de energia mais cara.

Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel “reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica”.

A agência reguladora alerta que a economia de energia “não só ajuda a diminuir o valor da conta para o consumidor, mas, também, contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade de todo o setor elétrico”.

As usinas hidrelétricas dependem do volume de água nos reservatórios para gerar energia. Quando há poucas chuvas, o nível desses reservatórios diminui, reduzindo a capacidade de geração das hidrelétricas (Imagem: DStockgraphy/Shutterstock)

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