IA ajuda a compreender inscrições históricas

Um modelo do aplicativo de inteligência artificial DeepMind, da Google, está ajudando a revelar os segredos de antigas inscrições gregas e romanas. Matéria do New York Times mostra como exemplo um texto em latim chamado “Res Gestae Divi Augusti” (“Ações do Divino Augusto”).

O texto está escrito na pedra e não havia certeza sobre a data em que havia sido escrito. Essa data é sempre importante para estabelecer sua importância histórica. Seria um autoelogio do imperador? Ou um testemunho posterior à sua morte.

O modelo do DeepMind, chamado Aeneas, cruzou detalhes do texto para estabelecer que o texto havia sido escrito em 15 dC, logo após a morte de Augusto. É isso que a IA faz: contextualiza o documento histórico em um “gigantesco quebra cabeça.” Modelo semelhante para as inscrições gregas tem o nome de Ithaca.

Esse modelo, chamado Predicting the Past (“Prevendo o Passado”) pode ser extremamente útil para os historiadores já que 1500 novos documentos em latim são descobertos a cada ano. E um único documento desses pode mudar a visão que temos do passado.

Segundo a matéria do New York Times, “o modelo analisa um texto específico e o vincula a exemplos semelhantes nesse conjunto de informações. As leituras finais consistem em conjuntos de probabilidades sobre a provável idade do texto e sua localização geográfica de origem, e fazem previsões de prováveis candidatos para preencher as partes faltantes de uma inscrição”.

No caso do imperador Augusto, a Inteligência Artificial do DeepMind “encontrou paralelos próximos em uma proclamação do Senado Romano em 19 d.C. que homenageou um herdeiro da dinastia do imperador”.

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